segunda-feira, 31 de maio de 2010


Privilégio Sagrado de ter estado aqui, sentindo o ar e respirando o mar..
Jaya!! Haribol !!

Somos Um!!

sábado, 22 de maio de 2010

VOZES DO ESPIRITO


A Natureza é minha Mãe.

O Universo é o meu Caminho

A Eternidade é o meu Reino

A Imortalidade é minha Vida

A Mente é meu Lar

O Coração é meu Templo

A Verdade é meu Culto

O Amor é minha Lei

A Forma em si é minha Manifestação

A Consciência é meu Guia

A Paz é meu Abrigo

A Experiência é minha Escola

O Obstáculo é minha Lição

A Dificuldade é meu Estimulo

A Alegria é meu Cântico

A dor é meu aviso

A luz é minha realização

O Trabalho é minha Benção

O Amigo é meu Companheiro

O Adversário é meu Instrutor

O próximo é meu irmão

A Luta é minha Oportunidade

O Passado é minha Advertência

O Presente é minha Realidade

O Futuro é minha Promessa

O Equilíbrio é minha Atitude

A Ordem é minha Senha

A Beleza é meu Ideal

A Perfeição é meu Destino

Médium: Francisco Xavier

Do livro: Mediunidade e Paz

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Práticas para cuidar da Terra ( BOFF)

Pistas práticas para cuidar da Terra

Dois princípios são fundamentais na superação da atual crise pela qual passa o planeta Terra: a sustentabilidade e o cuidado.

A sustentabilidade,assentada na razão analítica, tem a ver com tudo o que é necessário para garantir a vida e sua reprodução para as atuais e as futuras gerações.

O cuidado, fundado na razão sensível e cordial refere-se aos comportamentos e às relações para com as pessoas e para com a natureza, marcadas pelo respeito à alteridade, pela amorosidade, pela cooperação, pela responsabilidade e pela renúncia a toda espécie de agressividade.

Articulando estes dois princípios poderemos devolver equiíbrio e vitalidade à Terra. Oferecemos algumas sugestões práticas no sentido de cada um fazer a sua revolução molecular (Guatarri): aquela que começa pela própria pessoa, base para a grande virada de todo o sistema. Eis algumas:

Alimente sempre a convicção e a esperança de que outra relação para com a Terra é possível, mais em harmonia com seus ciclos e respeitando os seus limites.

Acredite que a crise ecológica não precisa se transformar numa tragédia, mas numa oportunidade de mudança para um outro tipo de sociedade mais respeitadora e includente.

Dê centralidade ao coração, à sensibilidade, ao afeto, à compaixão e ao amor pois são estas dimensões que nos mobilizam para salvar a Mãe Terra e seus ecossistemas.

Reconheça que a Terra é viva mas finita, semelhante a uma nave espacial, com recursos escassos e limitados.

Resgate o princípio da re-ligação: todos os seres, especialmente, os vivos, são interdependentes, e por isso têm um destino comum. Devem conviver fraternalmente entre si.

Valorize a biodiversidade e cada ser vivo ou inerte, pois tem valor em si mesmo independentemente do uso humano.

Reconheça as virtualidades contidas no pequeno e no que vem de baixo, pois aí podem estar contidas soluções globais.

Quando não encontrar uma solução, confie na imaginação criativa, pois ela esconde em si respostas surpreendentes.

Tome a sério o fato de que para os problemas da Terra não há apenas uma solução, mas muitas que devem surgir do diálogo, das trocas e das complementariedades entre todos.

Exercite o pensamento lateral, quer dizer, coloque-se no lugar do outro e tente ver com os olhos dele. Assim verá dimensões diferentes e complementares da realidade.

Respeite as diferenças culturais (cultura camponesa, urbana, negra, indígena, masculina, feminina etc), pois todas elas mostram formas diversas de sermos humanos.

Supere o pensamento único do saber dominante e valorize os saberes cotidianos, do povo, dos indígenas e dos camponeses porque corroboram na busca de soluções globais.

Cobre que as práticas científicas sejam submetidas a critérios éticos a fim de que as conquistas beneficiam mais à vida e à humanidade que ao mercado e ao lucro.

Não deixe de valorizar a contribuição das mulheres porque são portadoras naturais da lógica do complexidade e são mais sensíveis a tudo o que tem a ver com a vida.

Faça um opção consciente por uma vida de simplicidade que se contrapõe ao consumismo. Pode-se viver melhor com menos, dando mais importância ao ser que ao ter e ao aparecer.

Cultive os valores intagíveis quer dizer, aqueles bens relacionados à espiritualidade, à gratuidade, à solidariedade, à cooperação e à beleza como os encontros pessoais, as trocas de experiências, o cultivo das artes especialmente da música.

Mais que parte do problema, considere-se parte de sua solução.

Por uma re-ligação

Civilização da re-ligação

Morrem ideologias. Passam filosofias. Mas sonhos permanecem. São eles que mantém o horizonte de esperança sempre aberto. Criam o húmus necessário que permite continuamente projetar novas formas de convivência social e de relação com a natureza. Bem entendeu a importância dos sonhos, o cacique dos Duwamish, Seattle, quando em 1856, escreveu ao governador do Estado de Washington, Isaac Stevens, que o forçara a vender as terras aos colonizadores europeus. Perplexo, se perguntava sem entender: pode-se comprar e vender a aragem, o verde das plantas, a limpidez da água e o esplendor da paisagem como querem os brancos? E concluia: os homens vermelhos entenderiam "se conhecessem os sonhos do homem branco, se soubessem quais esperanças transmite a seus filhos e filhas e quais as visões de futuro oferece para o dia de amanhã".

Qual é o nosso sonho? Qual é o sonho da sociedade civil mundial que ganhou visibilidade nos povos reunidos em Porto Alegre, em Seattle, em Cancún? É o sonho da inclusão de todos na família humana, morando juntos na mesma e única Casa Comum, a Terra, o sonho da integração de todas as culturas, etnias, tradições e caminhos religiosos e espirituais no patrimônio comum da humanidade, o sonho de uma nova aliança com os demais seres vivos da natureza, sentindo-os, verdadeiramente, como irmãos e irmãs na imensa cadeia da vida, o sonho de uma economia política do suficiente e do decente para todos, também para os demais organismos vivos, o sonho de um cuidado de uns para com os outros para exorcisar definitivamente o medo, o sonho de um diálogo de todos com o seu Profundo donde nos vêm inspirações de bemquerença, de cooperação e de amorosidade, o sonho de uma re-ligação de todos com a Fonte originária, de onde promanam os seres, dando-nos o sentimento de acolhida num derradeiro Utero, quando, um dia, cairemos nos braços de Deus-Pai-e-Mãe de infinita bondade e viveremos para sempre, sem qualquer desgaste.

Como se depreende, trata-se do sonho de uma civilização da re-ligação universal que a todos inclui. Continuaremos a ser a união dos contrários, mas a luz terá muito mais espaço em nós que as trevas. Esse anseio ancestral da humanidade foi ao exílio pelo tipo de cultura que predominou nos últimos séculos. Viemos de uma ensaio civilizatório, hoje mundializado que realizou coisas extraordinárias, mas que é materialista e mecânico, linear e determinístico, dualista e reducionista, atomizado e compartimentado. Separou matéria e espírito, ciência e vida, economia e política, técnica e poesia, Deus e mundo. Ele operou uma como que lobotomia em nossa mente, pois nos deixou desencantados, obtusos às maravilhas da natureza e insensíveis à reverência que o universo suscita em nós. Essa civilização da re-ligação de tudo com tudo dará centralidade à religião, menos como instituição do que como dimensão do humano, qual força que se propõe a re-ligiar todas as coisas entre si, com o ser humano e com o Ser essencia. Então surgirá a civilização da etapa planetária, da sociedade terrenal, a primeira civilização da humanidade como humanidade, enfim, reconciliada com todas as coisas.

( L. BOFF)